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Publicado: Segunda, 21 de Outubro de 2013, 17h37 | Última atualização em Segunda, 03 de Setembro de 2018, 14h14 | Acessos: 4837
Cb Christian
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                              BREVE HISTÓRICO DA COMPANHIA DE DEFESA                        
                                            QUÍMICA, BIOLÓGICA, RADIOLÓGICA E NUCLEAR                                       

       

       As origens da Defesa QBRN no Exército Brasileiro (EB) remontam à década de 40 do século passado, quando o Departamento de Guerra Química do Centro de Instrução Especializada preparou mais de 18 mil militares da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para combater no Teatro de Operações Europeu, durante a 2ª Guerra Mundial.                                                 

       Na década seguinte, em plena Guerra Fria, a evolução da Era Nuclear e das Armas Químicas e Biológicas de Destruição em Massa impulsionou o EB na criação da Companhia Escola de Guerra Química (Cia Es GQ), o "berço das OM DQBRN", no intuito de agregar capacidades à missão-padrão de proteção e desenvolver as atividades de Reconhecimento e Vigilância QBRN e de Descontaminação.

       Ao final dos anos 80, com o término da Guerra Fria, o Acidente na Usina Nuclear de Chenobyl, o Acidente Radiológico com o Césio 137 e a iminência da 1ª Guerra do Golfo, a Cia Es G Q foi transformada em Companhia de Defesa Química, Biológica e Nuclear (Cia Def QBN), sendo reestruturada em razão dos novos desafios que se descortinavam.

       Na transição para o 3º milênio, o mundo assistiu estarrecido aos eventos de 11 de Setembro de 2001, quando os EUA foram surpreendidos por uma série de atentados, dentre eles o envio de cartas contendo o bacilo anthrax, globalizando o Bioterrorismo e levando o EB a ampliar sua capacidade de Defesa QBRN.

       Em razão de possíveis ações perpetradas por atores não-estatais ou da ocorrência de acidentes tecnológicos em estruturas estratégicas, como plantas nucleares e complexos industriais químicos, o Exército Brasileiro implementou uma série de medidas que culminou com a criação do Sistema de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército (SisDQBRNEx).

       Dentre as medidas implementadas, houve a criação desta OM, em 4 de setembro de 2003, inicialmente, como 1º Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear (1° Pel DQBN), com cargos oriundos da Cia Def QBN, sediada no Rio de Janeiro e atual 1º Batalhão DQBRN, constituindo uma das ações da implantação da Brigada de Operações Especiais (Bda Op Esp).

       Pela premência de adaptar a Defesa QBRN às novas realidades global, regional e nacional, alinhada com o Processo de Transformação da Força Terrestre, o Comandante do Exército resolveu desenvolver novas capacidades no SisDQBRNEx para emprego no amplo espectro das operações e transformou o 1° Pel DQBN na Cia DQBRN, em 1° de dezembro de 2012.

       Deste modo, a Cia DQBRN é herdeira das tradições e do espírito que norteiam, há mais de 70 anos, esta atividade de emprego tão característico, e que possui apelo permanente em razão dos compromissos assumidos pelo Brasil em tratados internacionais.  

       A Cia DQBRN é uma OM composta por pessoal 100% profissional e altamente especializado na operação de Produtos de Defesa (PRODE) de elevada tecnologia, que cumpre suas missões em observância aos princípios de Segurança, Sensoriamento e Sustentação QBRN, materializados pelas ações de Proteção, Reconhecimento e Vigilância QBRN e Descontaminação, e integrados por um Sistema de Comando e Controle QBRN.

       A OM desenvolve suas atividades em consonância com as demais OM DQBRN do Exército: o 1° Btl DQBRN, a EsIE (Escola de Instrução Especializada) e o Instituto DQBRN do Centro Tecnológico do Exército, e mantém relação com as estruturas correspondentes das demais Forças Armadas, com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e com os organismos internacionais de DQBRN, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

       Atualmente, a Cia DQBRN vem se preparando para o emprego na segurança dos Jogos Olímpicos Rio 2016, tendo adquirido experiência pela participação em todos os Grandes Eventos realizados anteriormente no Brasil.

                

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